É tanta informação, tanta referência, tanta casa “aberta” por aí no Instagram, no Pinterest, que fica difícil não se inspirar né? Até aí, ok, porque inspiração serve pra gente ter ideias, cocriar, fazer algo que já foi feito, porém, do nosso jeitinho.
Mas o que ando vendo por aqui é uma enxurrada de casas em série, casas iguais, casas frias, casas sem alma - ou com alma de cópia. Junta um pouquinho dessa foto com o sofá dessa referência, uma pitada de falta de personalidade e voilá! Você tem uma casa que acha linda no primeiro mês e depois começa a coçar a cabeça, sentindo que tem alguma coisa errada e sem saber dizer o quê.
Acontece que olhar pra dentro é mais incômodo do que ficar no scroll down eterno no celular e salvando pastas e mais pastas no Pinterest, fala aí? E eu falo pra vocês enquanto falo pra mim também, tá? Eu não sou a perfeitona e vim aqui pra conversar.
Conversa essa que ninguém quer ter porque dói, porque dá trabalho olhar pra si, saber se você realmente gosta daquilo ou é a foto do fulano que saiu bonita e você saiu copiando. Afinal, assim como ter a roupa da blogueira te aproxima daquela vida que você acha “TOP”, ter a “mesa de jantar igual à do fulano” te dá a falsa sensação de que você tem uma vida tipo a dele. Doce ilusão, baby…
O que proponho aqui é um olhar para as sensações que você tem dentro da sua casa ou quando vai comprar um objeto ou móvel pra ela. A quê aquilo te remete? Você se vê naquilo? Sentiu borbulhas? Vai ser útil? Porque também né, tem coisa em casa que a gente não tem uma paixão, tipo uma faca, sei la. Mas por exemplo, um lençol… você já parou pra pensar no que ele pode fazer por você? Você pode encará-lo como um pedaço de pano que cobre a cama ou como um manto sagrado que protege e embala você nos sonos mais profundos, que é berço de descanso e realinhamento para o dia seguinte. Escolha.
O mesmo vale para a casa. Ela é seu templo ou um simples lugar para onde você volta todos os dias? Se for a segunda opção, você poderia morar em qualquer lugar, concorda? Lembre-se por que você escolheu este lugar para morar. Algo este espaço tem de especial que chamou sua atenção. Quando entendemos porque escolhemos aquele espaço para viver, quando entendemos que ele nos acolhe, abriga e renova, criamos conexão com ele. E uma vez estabelecida essa conexão, aí a relação com o espaço flui e você conseguirá viver de forma autêntica. Mas pra conectar, tem que desconectar, ok?
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